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Software livre nas agências de propaganda – parte II: ilustração

13 de julho de 2007 por André Traichel

Design, Linux, Publicidade

Tela do Xara Xtreme

Nesta segunda parte sobre software livre na publicidade, vou comentar minhas aventuras nos softwares de ilustração vetorial disponíveis para o linux. Creio que este é sim o grande limitador do uso do Pingüim no domínio da Apple, e logo você entenderá o porquê.

Pra quem ainda não tá bem ligado, ilustração vetorial é aquela onde o desenho, digamos assim, é feito a partir de cálculos matemáticos feitos pelo software, criando vetores. Exemplos mais populares: Freehand, Illustrator e (argh) CorelDraw. Sim eu sei, a Adobe matou o Freehand em detrimento ao Illustrator, mas não adianta, pra mim o FH ainda é o melhor.

Bom, aqui no Linux já testei e estou usando 2 softwares simultâneamente: o Inkscape e o Xara Xtreme. Ambos possuem aquelas ferramentas comuns a todos os ilustradores, como formas básicas, bézier, paletas de cores, blend e coisas assim. O Xara é melhor nas ferramentas de sombra e relevo, mas o Inkscape tem uma cara mais bonita, mais pra diretor de arte. Os 2 importam o formato .AI, o que facilita um monte, fora os JPGs e TIFFs da vida.

Características

O Inkscape leva uma vantagem bem grande no momento em que o formato que ele salva é o SVG, Standard Vector Graphics, padrão para o vetor no Linux. Ou seja, se ele sair de linha como o FH (snif) qualquer outro pode abrir.

O grande problema dos dois, aliás em todos com excessão do falecido, são as páginas. Sim, eles não tem múltiplas páginas, nem do jeito enjambrado do Corel de uma página após a outra. Fazer 2 páginas com formatos diferentes e colocá-las lado a lado então, nunca. Pra contornar isto eu tenho usado mais o Xara, pois pelo menos ele organiza os arquivos abertos em abas, ficando mais fácil trocar de elementos entre um e outro. A outra solução, bem pior diga-se de passagem, é montar tudo dentro de uma página com 100×100 cm, mas na hora de imprimir é um parto.

Por conta dessas o melhor, pra mim, ainda é tentar fazer o Freehand rodar via Wine e ficar por aí, mas tenho certeza que o pessoal já tem planos pra adicionar as múltiplas páginas e assim colocar o linux mais perto da criação!

Próximo artigo: tratamento de imagens.